Autor/Autores: Anderson Ricardo Fogaça
ISBN v. impressa: 978989712796-0
ISBN v. digital: 978655605655-5
Encuadernación: Tapa blanda
Número de páginas: 160
Publicado el: 25/05/2021
Idioma: Português Brasileiro
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Em tempos de crise nas finanças públicas e consequente frustração por parte do Estado na efetivação dos direitos sociais, o exercício do poder no Estado Democrático de Direito desloca-se para o Poder Judiciário. Com mais intensidade após o início da pandemia de COVID-19, a conjuntura é propícia à excessiva judicialização do tema da saúde, e as prestações de saúde concedidas pela via judicial sem a devida observância a seu custo, capacidade do Estado e previsão orçamentária contribuem para o agravamento da escassez de recursos e levam à piora do sistema de atendimento gratuito.
Nesse cenário, é essencial que se investigue quais os instrumentos existentes para fomentar a desjudicialização da saúde. Assim, a presente obra busca demonstrar de que modo a Análise Econômica do Direito pode servir de instrumento útil para uma melhor compreensão e superação dos problemas identificados. A análise dos custos da transação, englobando o estudo sobre as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), Fomento Setorial e Licenciamento Compulsório, demonstra como é possível reduzir os gastos públicos na área da saúde sem deixar de atender à saúde básica dos jurisdicionados.
A discussão ganha especial relevo diante da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 5529, de maio de 2021, que declarou inconstitucional o trecho da Lei de Propriedade Industrial que dava margem para que patentes tivessem prazo indeterminado, com efeitos retroativos para a área da saúde, levando à quebra de mais de 3.400 patentes de medicamentos, o que, certamente, contribuirá para a minoração da excessiva judicialização de causas relacionadas ao direito à saúde.
ANDERSON RICARDO FOGAÇA
Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá. Mestre em Direito pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER. Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Juiz de Direito em 2º Grau do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Juiz Auxiliar da 2ª Vice-Presidência na gestão 2019/2020 e da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná na gestão 2021/2022. Juiz Formador credenciado pela ENFAM.
INTRODUÇÃO, p. 13
PARTE 1, p. 19
1 INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA DO DIREITO À SAÚDE: AUSÊNCIA DE AUTOCONTENÇÃO JUDICIAL, p. 21
1.1 A fundamentalidade do direito à saúde como causa para se afastar a lei e os atos administrativos do caso concreto, p. 21
1.2 O subjetivismo como entrave à correta aplicação do direito: a necessidade do emprego da ´decisão por princípio´ dworkiana, p. 49
1.3 A má compreensão a respeito do conteúdo do direito ao mínimo existencial: definição a priori ou a partir do caso concreto?, p. 59
1.4 O entendimento equivocado sobre a cláusula da reserva do possível: a negligência sobre sua amplitude, p. 68
1.5 A violação diária ao princípio constitucional da isonomia: a ´tragédia dos comuns´ e o resgate de sua força normativa, p. 76
PARTE 2, p. 83
2 A ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO (AED) COMO INSTRUMENTO PARA A SUPERAÇÃO DA CRISE DA JURISDIÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE, p. 85
2.1 Os custos da transação: como o Estado pode minorar as despesas com a saúde pública sem comprometer a concretização do direito fundamental à saúde, p. 85
2.1.1 Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), p. 89
2.1.2 Fomento setorial, p. 93
2.1.3 Licenciamento compulsório, p. 99
2.1.4 Desjudicialização, p. 102
2.2 As alterações da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro pela Lei 13.655/2018: o viés da Análise Econômica do Direito, p. 111
2.3 A jurisprudência dos Tribunais Superiores em relação ao direito à saúde: ausência de uma análise consequencialista, p. 123
3 CONCLUSÃO, p. 137
REFERÊNCIAS, p. 141