Autor(es): Eduardo Magrani
ISBN v. impressa: 978989712295-8
ISBN v. digital: 978853626597-1
Encadernação: Capa mole
Número de páginas: 222
Publicado em: 09/09/2014
Idioma: Português Brasileiro
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Em um cenário protagonizado no mundo digital, diversos tipos de dispositivos se tornaram ferramentas vitais para o registro de eventos e notícias, usados pela sociedade, inclusive a brasileira, para o compartilhamento de informações e para promoverem um maior grau de participação e engajamento em questões de interesse público. Esta contribuição torna-se mais evidente com o uso de redes sociais e plataformas de consulta pública na rede, representativas de uma esfera pública conectada e com potencial democrático significativo.
Pretende-se, nesta obra, observando o engajamento político-democrático na esfera pública on-line, investigar o potencial e os limites deste novo espaço na busca pela compreensão da efetiva eficácia em se permitir que o povo tenha mais voz e ferramentas de mobilização e pressão à sua disposição, mas também, no vetor oposto, que o sistema político busque maior legitimidade e transparência perante a sociedade por meio de ferramentas digitais.
A discussão empreendida por Eduardo Magrani neste livro nos remete à crise de representação política que o país enfrenta. A representação política clássica, isto é, a delegação de poderes àqueles que falam em nome do eleitor, esgotou-se. Hoje ninguém representa mais ninguém. Ninguém se sente representado. Os movimentos de rua de 2013 o demonstraram com precisão. Nesse momento, começam a se fortalecer as formas de democracia digital, contato mais direto entre governantes e governados, através de orçamentos participativos e consultas populares, principalmente. O que nos reserva o futuro, num contexto cada vez mais digital? Uma democracia mais saudável e legítima, com transparência e maior participação dos cidadãos? Ou uma democracia regulada e controlada pelos ocupantes do poder? Este livro lida com estas importantes questões.
LUCIA HIPPOLITO
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Eduardo Magrani
Doutorando e mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC Rio. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC Rio, com intercâmbio acadêmico na Universidade de Coimbra, Portugal e Université Stendhal-Grenoble 3, França. Pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas - CTS/FGV. Professor convidado da graduação e pós-graduação da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro - FGV DIREITO RIO. Líder de projeto na área de democracia digital. Coordenador do newsletter internacional Digital Rights: Latin America & The Caribbean. Cocoordenador do Creative Commons no Brasil.
INTRODUÇÃO, p. 19
Capítulo I - A ESFERA PÚBLICA CONECTADA: DE HABERMAS A BENKLER, p. 25
1.1 A Esfera Pública Habermasiana, p. 25
1.1.1 Contornos acerca do papel da esfera pública no processo democrático deliberativo, p. 39
1.1.2 O orçamento participativo de Porto Alegre ., p. 45
1.2 A Emergência da Esfera Pública Conectada, p. 55
1.2.1 Da era industrial à era da informação: características de uma nova mídia, p. 57
1.2.1.1 E-democracia não institucional ., p. 65
1.2.1.2 E-democracia institucional, p. 70
1.2.2 Engajamento on-line: quem, o que e como?, p. 77
1.2.2.1 Propensão, elementos característicos e pote ncial do engajamento on-line, p. 85
Capítulo II - LIMITES E DESAFIOS PARA UMA DEMOCRACI A DIGITAL, p. 99
2.1 A Corrente Pessimista da Internet, p. 100
2.1.1 Assimetrias de acesso à internet e educação d igital: sobre os riscos da exclusão ., p. 106
2.1.2 Sobrecarga de informação/ information overload, p. 114
2.1.3 Filtros-bolha/filter bubble, p. 118
2.1.4 Polarização e fragmentação ., p. 125
2.1.5 Falta de cultura de engajamento político on-line e sistema político não dialógico - o Estado 1.0 ., p. 137
2.1.6 Tecnicização do debate ., p. 147
2.1.7 A tecnologia para o controle, p. 150
Capítulo III - OS LIMITES DA E-DEMOCRACIA NO BRASIL : UM BALANÇO EM DOIS MOVIMENTOS, p. 163
3.1 O Marco Civil da Internet, p. 164
3.2 Das Redes às Ruas: As Manifestações de Junho no Brasil, p. 171
CONCLUSÃO, p. 197
REFERÊNCIAS, p. 203