Autor/Autores: Alexandre Sergio da Rocha
ISBN v. impressa: 978989712868-4
ISBN v. digital: 978652630006-0
Encuadernación: Tapa blanda
Número de páginas: 348
Publicado el: 15/06/2022
Idioma: Português Brasileiro
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A modernidade se caracteriza por uma inovação radical na concepção do ser humano: o homem medieval, cuja principal virtude era a obediência a Deus e a seu senhor, na sociedade estamental, é substituído por um homem cuja virtude principal passa a ser a criatividade. Isso se justifica mediante o conceito kantiano de autonomia. O livro trata da autonomia em suas diversas modalidades, em especial nas leituras de Kant e de Habermas. Além disso, mostra como o conceito de autonomia é relevante do ponto de vista cognitivo, para estruturar a noção de objetividade dentro de um paradigma estritamente comunicacional. Entretanto, o homem autônomo não é solipsista. Ele existe na presença do Outro, e isso tem consequências importantes, como postulam o existencialismo e, mais radicalmente, Emmanuel Lévinas. Então é preciso examinar como a convivência humana e a solidariedade podem se compor com a autonomia nas relações intersubjetivas. A ideia de responsabilidade aparece, então, para articular-se com a pura racionalidade, de modo que a autonomia vislumbrada por Kant não resulte em arbítrio. Com isso, conclui-se a tese proposta pela tetralogia: é a responsabilidade que possibilita que o ideal humanista da modernidade se torne empiricamente exequível. Procura-se esclarecer a diferença entre a autonomia, um atributo metafísico do ser humano, e a liberdade para o exercício da autonomia. Nesse processo a estrutura do discernimento é examinada em minúcia, sendo discutida sua aplicação aos juízos de valor. Em especial, examina-se a noção de responsabilidade como decorrente das ações em face dos outros e em face de valores supremos, reconhecidos ou instituídos pelo próprio sujeito. O tratamento que este livro dá aos conceitos de “autonomia” e “responsabilidade” considera o sujeito como um indivíduo empírico, capaz de erros e de acertos. Desse modo, ele se dedica a examinar como essas características da realidade vivida se compõem para permitir o ajustamento que as hipóteses metafísicas acerca do sujeito transcendental tornavam de algum modo natural. É por isso que o título do volume informa a seu leitor que a noção de “autonomia” é o fundamento da invenção do indivíduo – o indivíduo comum – como agente e destinatário das ações políticas e sociais.
ALEXANDRE SÉRGIO DA ROCHA
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, da qual é docente aposentado. Dedicou mais de 50 anos ao magistério superior, no Brasil e no exterior. Residindo, hoje, nos Estados Unidos, ensinou, depois de aposentado, em faculdades da cidade de Salvador, BA, inclusive no programa de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia – UFBA. É, também, Especialista em Estudos Estratégicos, tendo sido assessor do Inter-American Defense College, em Washington DC., como representante do Brasil. É autor de Corrupção: conceitos e reflexões (Juruá Editora, 2018) e O Grande Jogo da Estratégia (Corpo da Letra, 2021). Os dois primeiros volumes da tetralogia Responsabilidade como Humanismo – Ação Humana: origem e contexto (vol. 1) e O Poder: condição de possibilidade do agir (vol. 2) – foram publicados pela Juruá em 2021, e o volume 3, Liberdade e Responsabilidade, já foi publicado em 2022.
LISTA DE FIGURAS, p. 7
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES, p. 9
2 A MODERNIDADE E O INDIVIDUÍSMO, p. 15
2.1 A IDEOLOGIA DA MODERNIDADE, p. 17
2.1.1 O Individuísmo: A Ideologia da Modernidade, p. 22
2.1.2 O Primado da Razão e os Construtos da Explicação, p. 29
2.2 A AUTONOMIA, p. 37
2.2.1 A Autonomia Kantiana, p. 39
2.2.2 A Vontade como Hýbris, p. 50
2.2.3 A Autonomia em Novo Paradigma, p. 58
2.2.4 A Polissemia do Termo ´Autonomia´, p. 65
2.3 A FUNÇÃO EPISTÊMICA DA AUTONOMIA, p. 72
2.3.1 A Função da Autonomia na Cognição, p. 74
2.3.2 Autonomia e Objetividade, p. 79
2.4 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 83
RESUMO, p. 85
3 RAZÃO COMUNICATIVA E AUTONOMIA, p. 87
3.1 A QUESTÃO DA VERDADE, p. 91
3.1.1 A Razão Comunicativa, p. 96
3.1.2 A Teoria Consensual da Verdade, p. 105
3.2 A POSSIBILIDADE MORAL DA AUTONOMIA, p. 108
3.2.1 Estrutura de Perspectivas e Desenvolvimento Moral, p. 115
3.2.2 Autonomia e Responsabilidade em Habermas, p. 121
3.3 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 126
RESUMO, p. 129
4 AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE, p. 131
4.1 A RESPONSABILIDADE DIANTE DO OUTRO, p. 135
4.1.1 A Essencialidade do Outro, p. 138
4.1.2 ´Sou eu o Guardião de Meu Irmão?´, p. 146
4.1.3 Emmanuel Lévinas e o Autrement Qu’être, p. 149
4.1.4 A Solidariedade e a Autonomia do Outro, p. 156
4.1.5 Existem ´Direitos Morais´?, p. 165
4.2 DISCERNIMENTO E AUTONOMIA, p. 172
4.2.1 A Estrutura do Discernimento, p. 174
4.2.2 Os Juízos de Valor, p. 180
4.2.3 Juízos de Valor e Objetividade, p. 188
4.2.4 A Responsabilidade Interativa, p. 194
4.3 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 198
RESUMO, p. 201
5 A AUTONOMIA NA QUALIDADE DE PODER, p. 203
5.1 A AUTONOMIA COMO AUTORIZAÇÃO MORAL DO AGIR, p. 206
5.1.1 A Autonomia e o Exercício da Autonomia, p. 209
5.1.2 Ter ou Não Ter, Eis a Questão!, p. 220
5.1.3 O Condicionamento Social, p. 235
5.1.4 A Moral e os Bons Costumes e a Censura, p. 242
5.2 A AUTONOMIA COMO IMPERATIVO MORAL, p. 254
5.2.1 Autonomia e Arbítrio, p. 260
5.2.2 A Criação de Valores e a Responsabilidade Soberana, p. 272
5.2.3 O Paradoxo da Responsabilidade, p. 291
5.5 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 304
RESUMO, p. 306
6 CONCLUSÃO GERAL, p. 309
6.1 CONCLUSÃO DO VOLUME, p. 309
6.2 CONCLUSÃO DA TETRALOGIA, p. 314
6.2.1 A Visão do Autor, p. 315
6.2.2 A Forma de Vida (Lebensform), p. 317
6.2.3 O Individuísmo, p. 319
6.2.4 Os Pressupostos da Responsabilidade, p. 322
6.2.5 A Responsabilidade, p. 328
REFERÊNCIAS, p. 333