Autor/Autores: Ricardo Duarte Jr.
ISBN v. impressa: 978989712838-7
ISBN v. digital: 978655605981-5
Encuadernación: Tapa blanda
Número de páginas: 500
Publicado el: 04/11/2021
Idioma: Português Brasileiro
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Prefácio por João Miranda.
Apresentação por Amauri Saad.
Esta obra – fruto da minha Tese de Doutorado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – objetiva realizar uma análise sobre as possibilidades jurídicas da privatização das tarefas públicas, em específico as relacionadas à segurança pública. Por um lado, a segurança pública é monopólio do Estado, cujo exercício é fundamental para a garantia da soberania estatal, de modo que cabe à Administração Pública a sua concretização através de tarefas públicas. Por outro, a segurança é um direito fundamental de todo cidadão, sendo, ainda, indispensável para a obtenção do desenvolvimento. Partindo desta dialética, o presente trabalho inicia seu estudo a partir da evolução do papel do Estado na concretização dos direitos fundamentais, em que se percebe que, com o passar dos anos, o Estado abarcou cada vez mais tarefas para si, sem conseguir concretizar de maneira eficiente. Em virtude disto, aos poucos, o próprio Estado passa a delegar algumas tarefas aos entes privados, além de que cresce o anseio por proteção mais efetiva em uma sociedade complexa e plural, de forma que os particulares objetivam garantir a sua própria proteção, seja através do uso de armas, seja através da contratação de empresas privadas de segurança. Se é certo que as empresas privadas não atuam na segurança pública, percebe-se que, cada vez mais, estas assumem função complementar e subsidiária ao ente estatal. Não obstante isto, entendemos, ainda, que há espaço tanto na polícia administrativa quanto na polícia privada – excepcionando-se o uso da força – para delegação destas atividades a sujeitos privados. Da mesma forma ocorreu quanto ao sistema penitenciário, em que, classificado como “inferno na terra” pelo próprio STF, a gestão privada passa a ser uma possibilidade para a mudança dessa realidade e a efetiva concretização dos direitos fundamentais dos presos. Isto posto, analisamos os espaços em que tais situações ocorrem, o que inclui debater o regime jurídico aplicado, bem como os limites e possibilidades.
RICARDO DUARTE JR.
Doutor em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – FDUL. Mestre em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Especialista em Direito Administrativo pela UFRN. Especialista em Direito Constitucional e Tributário pela Universidade Potiguar – UnP. Conselheiro e Presidente da Comissão de Direito Administrativo da OAB/RN, Coordenador da Pós-Graduação em Licitações e Contratos Administrativos da UniFacex. Professor Universitário, Advogado, Consultor Jurídico e sócio do escritório Duarte & Almeida advogados associados.
1 INTRODUÇÃO, p. 21
PARTE I - PARTE GERAL DELIMITAÇÃO DA DESESTATIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, p. 29
2 ESTADO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DIREITOS FUNDAMENTAIS, p. 31
2.1 O ESTADO LIBERAL, p. 31
2.2 O ESTADO SOCIAL, p. 40
2.2.1 Breves Considerações Sobre os Direitos Sociais, p. 49
2.3 O ESTADO PÓS-SOCIAL, p. 58
2.3.1 A Administração Participativa, p. 67
2.3.2 Os Princípios Constitucionais Legitimadores do Estado Pós-Social, p. 72
2.3.2.1 O princípio democrático, p. 77
2.3.2.1.1 O princípio da participação, p. 79
2.3.2.1.2 O princípio da subsidiariedade, p. 81
2.3.2.2 O princípio da eficiência, p. 86
2.3.2.3 O princípio da prossecução do interesse público, p. 98
2.3.2.4 O princípio do desenvolvimento, p. 101
2.3 A REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO, p. 106
3 FRONTEIRAS ENTRE O DIREITO PÚBLICO E O DIREITO PRIVADO, p. 111
3.1 A RUPTURA DA DISTINÇÃO CLÁSSICA ENTRE O DIREITO PÚBLICO E O DIREITO PRIVADO, p. 111
3.2 O DIREITO ADMINISTRATIVO É MONOPÓLIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?, p. 126
3.2.1 O Direito Administrativo e a Administração Pública, p. 126
3.2.1.1 A natureza do Direito Administrativo, p. 129
3.2.2 A Função Administrativa, p. 135
3.2.3 A Administração Pública e a Organização Administrativa no Direito Positivo Brasileiro, p. 140
3.2.4 A Necessidade de Reformulação/Ampliação do Conceito de Administração Pública, p. 145
3.3 O DIREITO ADMINISTRATIVO PRIVADO E O DIREITO PRIVADO ADMINISTRATIVO, p. 149
3.3.1 A Função Pública e a Desestadualização da Prossecução do Interesse Público, p. 157
4 A DINÂMICA PRIVATIZADORA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, p. 165
4.1 AS ORIGENS DA PRIVATIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, p. 165
4.1.1 Conceitos de Privatização, p. 166
4.1.1.1 Privatização orgânica e privatização funcional, p. 170
4.2 O REGIME JURÍDICO DA DELEGAÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA AOS PARTICULARES (PRIVATIZAÇÃO ORGÂNICA), p. 176
4.2.1 Condições Constitucionais da Delegação, p. 178
4.2.2 Limites à Delegação, p. 182
4.3 O PRINCÍPIO DO CONCURSO PÚBLICO E A FUNÇÃO PÚBLICA EXERCIDA POR PARTICULARES, p. 189
PARTE II - UMA ANÁLISE DA PRIVATIZAÇÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA, p. 215
5 A ESTRUTURA JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA, p. 217
5.1 DELIMITAÇÃO CONCEITUAL DA SEGURANÇA PÚBLICA, p. 217
5.1.1 Segurança Pública e a Ordem Pública, p. 224
5.2 A SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E NA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA DE 1976, p. 237
5.2.1 O Estado, a Constituição e os Direitos Fundamentais, p. 237
5.2.2 A Fundamentalidade dos Direitos Fundamentais, p. 239
5.2.3 A Estrutura Normativa dos Direitos Fundamentais, p. 243
5.2.3.1 A tutela subjetiva e objetiva dos direitos fundamentais, p. 243
5.2.3.2 Direitos fundamentais e deveres fundamentais, p. 246
5.2.3.3 Direitos fundamentais e tarefas públicas, p. 248
5.2.3.4 Direitos fundamentais e poderes administrativos, p. 248
5.2.4 A Segurança como Direito Fundamental, p. 249
5.2.5 A Segurança Pública Como Dever Fundamental e Responsabilidade de Todos, p. 263
5.2.6 Segurança Pública, Desenvolvimento e Dignidade da Pessoa Humana, p. 267
5.3 POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA, p. 269
6 AS TAREFAS/ATIVIDADES DA SEGURANÇA PÚBLICA E A SEGURANÇA PRIVADA, p. 281
6.1 A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA SEGURANÇA PÚBLICA, p. 281
6.2 A POLÍCIA ADMINISTRATIVA E A POLÍCIA JUDICIÁRIA, p. 288
6.3 A PRIVATIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA, p. 292
6.3.1 O Monopólio do Uso da Força pelo Estado, p. 293
6.3.2 A Delegação do Poder de Polícia a Particulares, p. 303
6.3.3 A Privatização de Fato: a Prestação Deficitária de Serviços de Segurança Pública e a Segurança Privada, p. 323
6.3.3.1 O direito fundamental à autodefesa (legítima defesa) e o Estatuto do Desarmamento, p. 357
6.3.4 A Privatização da Função Pública da Polícia Administrativa, p. 372
6.3.5 A Privatização da Função Pública da Polícia Judiciária, p. 375
6.3.6 A Contratação da Segurança Privada pela (e para a) Administração Pública, p. 393
7 A PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) NO SISTEMA PRISIONAL, p. 401
7.1 O SISTEMA PENITENCIÁRIO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO, p. 401
7.1.1 A Situação dos Presídios, p. 402
7.1.2 Natureza Jurídica da Execução da Pena, p. 409
7.1.3 O Sistema Prisional: Serviço Público, Poder de Polícia ou Poder Disciplinar?, p. 410
7.2 A ´PRIVATIZAÇÃO´ DO SISTEMA PRISIONAL, p. 415
7.3 A PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA GESTÃO DE PRESÍDIOS, p. 422
7.3.1 As Parcerias Público-Privadas: Sentido Amplo e Estrito, p. 422
7.3.2 A Concessão Comum, Patrocinada e Administrativa, p. 424
7.3.3 A Associação de Proteção e Assistências do Condenado (APAC), p. 428
7.4 A GESTÃO PRIVADA DE PRESÍDIOS, O LOBBY E O LUCRO (E INCLUSÃO SOCIAL): DIVERGÊNCIA OU CONGRUÊNCIA?, p. 432
7.5 AS PPPS NA GESTÃO DE PRESÍDIOS EM UMA PERSPECTIVA DO DIREITO COMPARADO, p. 446
7.5.1 Nos Estados Unidos da América, p. 447
7.5.2 Na Inglaterra, p. 448
7.5.3 Na França, p. 448
7.5.4 A Experiência do Brasil, p. 449
CONCLUSÃO, p. 453
ÍNDICE DE LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA, p. 463
REFERÊNCIAS, p. 471